quarta-feira, 15 de junho de 2011

Provocações

Centro de Bauru - foto por Fernanda Correia

Provocar é tirar do estado estável. É como cutucar (ou chacoalhar) para além do âmbito físico.
(Não compactuar com a passividade, ser agente cheio de vontade e adepto do imprevisível). 


Provocar é fazer brotar pensamento. É desaprumar, modificar, independentemente de moralidade e dualismo.
(Al Capone, Niemeyer, Duchamp, Eny Cezarino e Jesus Cristo).


Olha só,


Um rapaz faz alguns adesivos e, timidamente, sai colando por semáforos, placas de trânsito e pontos de ônibus. 
Há letras estranhas pichadas no último andar de um prédio comercial e pares de sapatos velhos e outros objetos pendurados na fiação. Alguns jovens invadem casas de milionários, mudam os móveis de lugar e saem sem levar nada.


São atentados anônimos que no fundo possuem tanta audácia quanto à de homens caricatos que fazem parte da História.


Provocar, nos nossos tempos, é anunciar que a rotina não sufocou por completo. É, entre tanta máquina e fumaça, murmurar que ainda se está vivo.



Ida Walked Away from takcom™ on Vimeo.

Parede de um terreno baudío em Bauru - arte por Rodrigo Bessa e foto por Luiz Hiroshi




ENEA Bauru 2011, vem com a gente!

Um comentário:

Anônimo disse...

Na segunda foto: trampo do Rodrigo Lopes, foto de Luiz Hiroshi

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