quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


                                       Saudações, irmãos terráqueos!    
     Estava passeando pelo espaço e resolvi dar uma parada proximo à atmosfera terrestre para me certificar de como estão os preparativos para o ENEA Bauru 2011.
     Uma das melhores coisas em ser o primeiro sulamericano a ir para o espaço é poder levar o nome dessa cidade em importantes missões e quebrar os estereótipos sobre o interior. É estranho como há pessoas que creem que as cidades interioranas só têm ruas de terra, charretes e senhoras simpáticas debruçadas na janela em seus vestidos floridos! É como se essas pessoas acreditassem na estática das coisas vivas e na fabricação em série de seres humanos.
    É lógico que ainda existem ruas de terra, charretes, senhoras e janelas; mas estas são permeadas por grandes avenidas, pessoas vindas de todas as partes, prédios altos e muitos automóveis (talvez mais que o necessário).
Uma visão noturna de Bauru
         Na minha cidade natal, por exemplo, apesar da vida relativamente tranquila e repleta de natureza, um ideário moderno sempre esteve arraigado - nas pessoas, nos costumes e na sua própria construção.
         Bauru, que a príncipio possuía uma economia cafeeira, no ano de 1906 comemorou a chegada de 3 grandes Companhias de Estradas de Ferro, acomodando um entroncamento ferroviário que tinha a função de ligação e penetração estratégica pelo território brasileiro, com o fluxo constante de produtos e pessoas dos mais diversos lugares. Aliás, esses mesmos vagões também trouxeram diferentes visões de mundo e modos de se relacionar e se sociliazar com a realidade, possibilitando uma enorme transformação social, cultural e urbana.
         Deste modo, comparada às clássicas cidades industriais do período (devido às semelhanças dos bairros industriais) e até mesmo ao “far-west” americano, Bauru organizava uma sociedade no mínimo heterogênea, com características cosmopolitas e ao mesmo tempo rurais - a contradição que dava suporte para a constante busca de progresso.



      Tempos depois, a partir da chegada do automóvel (estimulada por uma política progressista nacional e pelo desenvolvimento do Mercado ), a   velocidade ganhou tanta proporção que Bauru conseguiu atingir distâncias inimagináveis; ou melhor, transformou-se numa terra  definitivamente moderna e “Sem Limites”  (como foi denominado em seu slogan por alguns anos). 
     É preciso dizer que na prática a Cidade sem Limites se tornou uma cidade sem leis ou regulamentações em seu território, uma Terra de Ninguém cujo espaço se desevolveu de maneira fragmentada. Porém, no fim da história, tal problemática foi praticamente controlada e contribuiu ainda mais para a diversidade.
       E eu, o cosmonauta do interior, talvez por uma influência cósmica, também me preparei para quebrar todos os limites reais e representar Bauru e o Brasil em terras espaciais!

Cássio Abreu - www.flickr.com/psicodrops





Eu só poderia ter vindo de uma cidade que acredita no infinito!


Bazar Pamplona - Astronauta ou gravidade ou astronave by eneabauru2011


Dados do texto: A Ferrovia e o Automóvel: ícones da modernidade na cidade de Bauru - Fábio Paride Pallota  


As informações sobre o Marcos Pontes contidas nessa publicação são de caráter fictício, meramente ilustrativo.

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